O futuro preocupa-me, mas quanto mais penso nele, mais preocupada fico.
O melhor é fazer coisas agora. Sejam elas deitar-me na relva com formigas a percorrerem-me a cara, sentir a língua do cão no pescoço e lavar as pedras com lixívia ou embonecar-me toda para jantar fora num fancy restaurant.
Custa-me decidir-me a fazer coisas de que tenho medo (chego a precisar de meses de estágio), mas quando as faço, fico completamente reconfortada.
Canto apenas quando estou sozinha ou então com o meu irmão, mas só quando estamos os dois sozinhos. Canto mesmo mal, eu!
Umas vezes estou à frente, outras vezes estou atrás... No final, contarei apenas comigo. Isto assusta-me.
Tenho 28 anos e continuo sem saber o que quero fazer da minha vida. Não sei se me vou casar, não sei se terei filhos, não sei se algum dia terei uma vida com rotinas e com hábitos de adulto. E também não sei se isto faz de mim uma pessoa interessante.
Tomo leite e vigio a eventual existência de pontos brancos nas unhas.
Danço e rio até cair.
Não leio revistas de beleza nem de gente nem de mulheres. Mas já estive mais longe de o fazer. Tenho pânico de me tornar uma verdadeira gaja a qualquer momento.
Só tomei consciência de que os amigos vêm e vão, há muito pouco tempo. E pensar nisso faz-me sentir melancólica. Escrever “para sempre amiga” sempre me pareceu irreal até entrar na univ. Lá, pensei ter encontrado os amigos de sempre e para sempre. Agora sei que o “sempre” não existe. É triste, mas sei que é assim com toda a gente. E contra um facto, não há argumento que se lhe contraponha.
Falta dizer que praticar exercício físico faz bem e eu recomendo. O meu namorado é prof. de EF e eu detesto desporto, mas ao fim de 500 anos lá tive um flash positivista e inscrevi-me num ginásio... É óptimo!
Beijos per tutti.
domingo, 6 de maio de 2007
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2 comentários:
voltaste!
és fantástica!!
baci**
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