segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
TUDO DE BOM
muitos beijinhos
sof**
fka **anaíde**
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Ora recuemos senhores ministros
“…a DGCI esclarece que, se a obrigação declarativa referente aos anos de 2006 e 2007 for apresentada até ao final do próximo mês de Janeiro de 2009, não haverá lugar à aplicação de qualquer coima e serão extintos os correspondentes processos de contra-ordenação.”
já se respira de alívio, mas importa não esquecer este episódio.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
ESTOU QUE NEM POSSO DE IRRITAÇÃO - SEGUREM-ME!!

recebi hoje uma multa para pagar e estou indignada com o nosso estado. ora leiam:
11 DEZEMBRO 2008
Caça à multa aos trabalhadores a recibos verdes
A Direcção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) iniciou uma caça à multa aos/às trabalhadores/as a recibos verdes!
Estão a ser notificadas todas as pessoas que trabalham a recibos verdes e cobram IVA, para efectuarem o pagamento de coimas devido ao facto de não terem entregue a declaração anual do IVA.
A necessidade de entrega desta declaração anual é desconhecida da grande maioria dos/as trabalhadores/as a recibos verdes e, mais importante que isso, replica toda a informação que é entregue trimestralmente, na declaração trimestral do IVA.
Acresce a este facto que as pessoas estão agora a ser notificadas para pagarem as coimas referentes à não entrega da declaração anual no ano de 2006 e 2007. Assim, parece lícito questionar porque motivo não foram notificadas no final de 2006, evitando assim o pagamento de duas multas, de cerca de 124 euros cada uma!
Existe cerca de 1 milhão de trabalhadores/as a recibos verdes, em Portugal. Se assumirmos que 500 mil não entregaram as declarações anuais, estamos a falar de muitos e muitos milhões de Euros a entrarem para os cofres do Estado, devido à não entrega de uma declaração cuja pertinência é, no mínimo, muito questionável!
Podem consultar a vossa situação no site da DGCI (http://www.e-financas.gov.pt/de/jsp-dgci/main.jsp ) seleccionando ‘contribuintes’, depois ‘consultar’ e, por fim, ‘infracções fiscais’.
ACTALIZAÇÃO (12/12/2008 às 12h00)
1. Tem sido aconselhado, em algumas repartições de finanças, o preenchimento da declaração anual, cujo comprovativo, acompanhado de carta solicitando a revisão da multa, deverá ser enviado ao/à chefe da repartição de finanças.
Podem encontrar o campo para preenchimento da declaração seguindo estes passos:
‘contribuintes’ – ‘entregar’ – ‘IES / DA’
e que o pessoal do ministério das finanças tenha um santo natal com o dinheirinho amealhado dos meus 248 euros de multa.
para mais info ver aqui
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Como não há duas sem 3...
...cá vai a minha 3ª mensagem consecutiva (pa fehar o círculo desta temporada :)
agora, sem mais coisas, apresento-vos (o que se consegue, de entre a qualidade empobrecida em relação ao original d)o videoclip dos Agressiv:
Agressiv - Official honest note
Divido(merecidamente) os créditos de realização com o meu amigo Ben(baixista).
sábado, 22 de novembro de 2008
"...jingle bells, jingle bells"
Estive agora a ouvir a "Presépio de lata" e fiquei... (e)motivado... :)
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
coisinhas novas X')
O meu pc oscila como um vaivém que não sabe se quer levantar da plataforma, mas teima e ainda não foi desta que me deixou realmente mal. Por estes dias tenho andado a fazer umas coisinhas interessantes - muito impulsionadas pelo tempo livre que tive na última semana de férias.
Uma das coisinhas que ando a fazer é o primeiro videoclip da banda (em imagem real :), a outra é a paginação de uma BD que já tinha desenhado há muito tempo (a Lara Jacinto é capaz de se lembrar).
Como estou entusiasmado com estes pequenos caprichos, não me importo nada - muito pelo contrário - de já partilhar algo com os habitantes do container :)
Esta é suposto ser a primeira página
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
O palco mais cool de sempre!
Provavelmente o palco mais cool de todo o sempre!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Escola Virtual na montanha
Não sei se lhe interessam. Veja o que têm...
Há uma experiência mt engraçada com uma personagem da história.
Não é sobre a pele, mas está relacionada, porque fala sobre as peças de vestuário...
Se quiser utilizar...
Olha, temos computadores nas salas. Podes utilizar. Até podes ligar-te à Escola virtual...
Mas tens aqui os CD's. Conheces?
O Magalhães tem a Escola Virtual também.
Vai precisar do Magalhães para Dramática? Os CDs da Escola Virtual devem ter aí coisas que se podem aproveitar...
(Sorri e disse que com certeza teriam mt coisa para aproveitar. Eh, eh!)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Heidi nas montanhas...
O Bisc8 subiu a montanha e transformou-se em Heidi :)
Ficou a perceber que a 10 Km do centro de Guimarães, em direcção ao céu, existem gentes diferentes.
> São gentes de conjugações do tipo:
eu falo
tu falas
ele fala
nós falemos
bós falaindes
eles falo
(Há variações para o verbo rir, bater, gritar, rebolar...)
> Como actividade preferida houve resposta unânime:
- Éu gosto é de les dar puRRada. Mas os que ma der a minhe, lebo logo poRRada mais maior.
- Éu?! Ó proSSora, éu gosto é de jogar playstation: Jogos de poRRada.
> Como ambiente do início ao fim da aula tive: Barulho, barulho, barulho... E barulho!
Esperei minutos em silêncio a ver se se calavam...
Porém, em vão :) (sorriso amarelo)
Resolvi apagar as luzes...
Como se de cãezinhos se tratassem, reagiram tal como Pavlov esperaria:
Parabéns a você
Nesta data querida
(...)
À menina professora
Uma salva de palmas
Seguiu-se o "tenha tudo de bom" e também "quem vai casar"
Foi mt bom aprender o significado de "apagar as luzes" dentro daquela turma.
E por agr é tudo.
Mas estou a gostar... Subo a montanha... Não tenho lugar p estacionar... Estou 45 min com eles e já está LOOL
sábado, 25 de outubro de 2008
CSI, em X-muriz

Um qualquer episódio do Dexter decidiu vir parar a um beco sem saída de uma terriola onde as pessoas quase só saem para serem passeadas pelos seus animais de estimação. nisto como nesta coisa de episódios de séries também há crossovers.. fizeram(já agora porque não..) uma fusão com um episódio do CSI. Onde? a quase 50 metros de minha casa.
Basicamente, um dos cãezitos que passeava o seu dono deu(de dentes) com um corpo num antigo pequeno riacho tornado charco de descarga de saneamentos e químicos de fábricas, onde a rua terminava e começava a zona de mato.
Como já estávamos tão habituados aos últimos "químicos" acima referidos ninguém desconfiou que o corpo já lá estava desde Agosto.
Yep, daria que pensar...
Mas como diz o outro: Always look at the bright side of life. O "CSI" animou aqui a rua durante um dia inteirinho! lol
http://diario.iol.pt/sociedade/gnr-esmoriz-corpo/1004167-4071.html
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Cavalia
Eu posso dizer que gostei mt, pq não foi só o espectáculo, mas toda a surpresa de aniversário :)
(Não sabia que ia até entrar no parque de estacionamento)
Tinha mts cavalinhos. Nenhuma cavalia. LOL Só cavalios: 63.
Os palcos eram tão nices: mexiam, coloriam, choviam, encantavam...
Os acrobatas tiveram algumas falhas e tal...
Eu notei isso, pq estava constantemente a fazer comparações com o Cirque du Soleil, que tb vi ali no Passeio Marítimo de Algés.
A música vinha da banda viva que se via, por vezes, atrás dos cavalios.
Houve um certo atraso no intervalo e crianças que adormeceram. LOL
Mas foi mt mt xiru! Gostei muuuunto!
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Nota: Ah! Esta é p Sónia: Recebi uma pulseira da Kitty com corações :)
Eh, eh!
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
bitaites de um concerto anunciado

a única foto :D, da rita, que tem um telemóvel melhor do que o meu.
nao levei o maquinão, pensei que ia fartar-me de dançar e tal e coiso...
claro que como fã adorei la ter ido, ter cantado com ela, e ainda consegui dar uns saltinhos para libertar alguma energia.
acho que de facto o sítio pecou pela sobrelotação. era efectivamente impossível conseguirmo-nos mexer e havia verdadeiros psicopatas que queriam passar a qualquer custo. nao gostei disso, mas o resto compensa tudo. sequencias de video fantásticas, remixes de alto nível e muito rock, contrariando o mundo pop do costume.
Aqui podem ver um slide-show de boas fotos do concerto.
aguardo agora o dvd para poder reviver/ver o que se passou quando nao me pus em bicos de pés :D

quinta-feira, 11 de setembro de 2008
la diva returns!!


ela está de regresso à terrinha.
estou que nem posso, ouvi dizer que não choverá.
o concerto é este domingo; segunda pronta a trabalhar - já passei por um desafio semelhante quando vim de directa de itália trabalhar :D:D:D isto vai ser canja;)
aproveito para vos mostrar a minha cara de parva há quatro anos atrás, quando ninguém quis vir comigo ver la diva, e a minha mãe, que é uma fofa, pagou à minha irmã para eu nao ir sozinha... :D
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
tenham medo.. mto medo :)
ups...
domingo, 24 de agosto de 2008
eu também fui!!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Badoca Safari Park
Gato que é gato tinha que ir lá cheirar e ronronar... Perto dos tigres :)
Houve apresentação de aves de rapina. O Biscoito foi logo pra frente e ofereceu-se como voluntário para receber a águia. O bicho passou mesmo por cima da juba do Biscoito. Tocou-lhe com uma fitinha que pendia da patinha da ave... Mt parado, o Biscoito observou tudinho com atenção... O bicho era mau e cheirava a podre. LOL
Os suricatas eram tão xirus :) Qual Timon e família de Madagáscar :)
Os macaquinhos estavam em quarentena :(
Vieram Sras Penacho cheias de peneiras ter comigo... Que medinho! Feias e más abocanharam um botão de um senhor no comboio com focinho de zebra!
Os gnus mt pachorrentos descansavam ao sol, enquanto pequenos bambis tentavam levantar-se a custo.
Não vi os lemures a serem alimentados. Já estavam todos de papo cheio :)
As girafas estavam escondidas, mas ainda lhes vi o pescoço no meio das árvores... Grandes, as bichas!!
E entrei na aventura do Rafting Africano. Parecia que estava sentado numa chávena da Alice do País das Maravilhas. Lá ia eu às voltas pelas águas fora... E fiquei todo molhado...
À saída do comboio com focinho de zebra, passei por sensores que faziam cair chuvinha em vapor... Biscoito cheio de nervos por ficar com o pêlo em juba de leão... Já não lhe bastava a aula de electricidade estática, teve de aturar a humidade do ar. Ou seria a umidade?! Uhmmmm...
Qd forem prós Alentejos... Passem por lá :)
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
SW 2008 (cont.)
XIIIIIIIIIIIMMMMMMMMMMMM
Mil kittys q o Biscoitinho levou pró SW =)
Tantas que já ouvia: "mas é mm preciso levar isso tudo?"
E vi tee-shirts com "Goodbye Kitty!" Oh naum! :(
E gozaram o Biscoito com isso... Maus!!!!
Mas não conseguiram mudar-lhe as tralhas tuodas:
T-shirt Kitty
Colar Kitty
Mala com rodas Kitty
BolsinhaS Kitty
Brincos Kitty
Pulseira Kitty
hmmm haveria mais?! LOL
"Um biscoito forrado a Kittys" - Alguém disse :)
SW 2008
Clã: Cheguei e acabou! Oh!
Jorge Palma: Com 100 mil anos de enrosca-te em mim, tee-shirt vermelhinha e cm só ele sabe ser em palco!
Bjork: Sabe dizer: "Obrrrrigadó"! Concerto amazing!
Xutos: Envoltos de uma nuvem de pó, com visita de Jorge Palma: Mt bom!
Palco TMN: Com a musiquinha da OPTIMUS "Shout Out Louds" - Ironic LOL!
Camané: Com barulho a mais no público, mas já era de prever...
The Chemical Brothers: Mta luz e mta bonecada =) Seria tudo feito no momento ou seria tudo levadinho de casa e já prontinho? Umh?
David Fonseca: Mt bom em palco, músicas bem encadeadas, historinhas bem inventadas, sem enganos. O homem percebe mm do assunto!
Franz Ferdinand: Foram abaixo duas vezes... Adormeci em pé, durante 5 min (cansaço a 100%), mas ouvi tudinho :)
Zambujeira cheiinha de gente.
Casas de banho portáteis :(
Praça de alimentação tipo shopping: Hamburgers de carne alentejana IUPI!
Carros cheiinhos de pó =)
Pessoas a apanhar copos de cerveja vazios e garrafas do chão, em troca de brindes.
Uma roda "London Eye" da tmn, em que não andei :(
Mtas calcinhas de Aladino. LOL
Gente simpática, que pedia desculpa qd tropeçava em mim.
Cheirinho a ervinha =)
Mt salto e riso e tontería. Mas poderia haver mt mais ainda.
Bem, pró ano combinamos e vamos tuodos.
Os bebés já terão idade p entrar :)
Há zona p eles assistirem e tudo :)
mil beijos
biscoito cheio d energie =)
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
08-08-08

Diz que hoje comprei a minha primeira casa e a prova disso é esta foto.
Pois povo deste blog, saibam que estão convidados para brevemente fazermos uma inauguração à maneira da minha casinha.
Hoje foi um dia em cheio, para além da animação que é passar 3000 cheques de alto valor, tive também outra grande notícia.
Passei aos quadros da Porto Editora. Nem queria acreditar que tudo se passou no mesmo dia, fiquei a saber que 24 horas é pouco para assimilar tanta informação. Felizmente amanha vou para terras alentejanas, onde o tempo tem outro ritmo e posso pensar na sorte que me saiu.
Assim que vier marco o avião para o ano novo.
beijinhos e até breve***
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Paredes de Coura
Acabei por chegar a casa às 7h da manhã de Domingo. LOL
Gostei do recinto. Não é mto grande e tal, mas... É simpático! Eh, eh! É tipo em anfiteatro :)
Os concertos foram beri nices. De dEUS só conhecia as belhinhas. Nada das actuais...
Lá senti o cheirinho a festival... Mas já nada é como "em antes". Agr as casas de banho são um luxo, com água e tudo. LOL
E tem pizza-hut lá dentro e caixa multibanco e tudo... Já não há aquele espírito de andar bué p chegar à civilização e ter de esperar em filas para comprar bolachas. Eheh!
Vou p Lisboa amanhã, pa seguir p Zambujeira na kinta... Mas vamos dormir em hotel, em Sines. LOL Festivaleira e tal, mas não exageremos. Eh, eh!
Depois conto tudinho =)
Biscoito num pára este ano. LOL
Feira Medieval de Sta. Maria da Feira
gostei, recomendo, sobretudo para quem tem petizes.
deixo-vos dois momentos.
***


segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Para a tininha...
tão bonito!!! mais uma mamã!
fiquei a pensar: kem será? e cheguei até à sof... que s casou e tal...
foi big surprise saber q a designer afinal era outra :) eheh
ai q vem aí mais uma animação em modo real...
sim, sim, que este vai chorar e não tem botão p fazer STOP!
medos! LOL
e essa barriguinha? ja tem qtos tamanhos? uhm?
come biscoitos d manteiga pro bebé ficar fofinho =)
sábado, 2 de agosto de 2008
Shirley Bassey rocks!
Simples, há uns dias fiquei parva com uma música que ouvi numa loja qualquer em plena febre de saldos. Era nada mais, nada menos que Dame Shirley Bassey a cantar uma música da Pink! O original não passa da típica música de adolescente saltitantes que descobriram os saltos altos e as mini-saias (para mim, do piorzito que a Pink já fez -- e eu até lhe acho alguma piada!); a música que se meteu entre mim e a busca de uns sapatos já-não-sei-que-cor parecia saída de um musical cheio de plumas cor-de-rosa e lantejolas pretas.
A forma como a Dame tornou a música total e indubitavelmente sua... Fez-me lembrar o que os Marilyn Manson fizeram com o grande hit pop do Sr. Marc Almond.
Aqui está o vídeo (a "senhora" tem 70 anos!):
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
olaaaaaaaaaa áááá
Esqueci-me do blog!!!
Sou o pior gato do espaço... Pior que o Doraemon, el gato cosmico "Mira mira las flores lalalala lala".
Nem sabia da existência deste Doraemon até mergulhar numa viagem até à Grécia, completamente louca.
Filipa: Olha, queres vir à Grécia comigo e com mais 4 amigos?
Eu: Quero.
Filipa: Então anda! Compra um bilhete de avião p Londres, que eu já comprei o meu e anda!
Eu: Que nice! Compro pela net?
Filipa: Siiiiiiiim! Tão fixe! Vai ser tão fixeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Foi assim que começou a loucura.
Arrisquei ir de férias 12 dias, sem saber destino concreto, sem conhecer 3 pessoas, no fundo, sem saber nada!
Os primeiros dias foram tão "so nice" maravilhosos: calor impossível, grupo completamente irresponsável, ilha grega pobre e sem nada de especial, por todo o lado: ingleses até 22 anos que se comportavam como animais fora da jaula, gente que não queria conhecer nada (apenas apanhar sol), gregos antipáticos, hotel cheio de regras estranhas... O pior!
Mas, passados uns dias, tudo começou a melhorar... Integrei-me no grupo e comecei a dirigir atenções... LOL Apercebi-me que um deles era arquitecto e ele apercebeu-se que eu não fazia parte do grupo dos vernizes das unhas e então... Finalmente, consegui visitar coisas, conversar sobre ideias e fazer cenas mais giras com eles (mais com os 2 rapazes).
No último dia, por irresponsabilidade minha, esqueci-me de beber água e desidratei. Mto mau, meus amigos: parecia um peixe-balão. Inchei bué! Toda a gente cheia de frio no avião de volta p Londres e eu cheiinha de calor... Nem comentei. Sentia-me super esquisita, mas sempre caladinha. Até que se notou mesmo e comecei a preocupar-me. Cansaço, sono desregulado, calor, desidratação... a isso conduziu :(
Nada que um bom sono na caminha das Kittys, lots of water e creme hidratante não remediassem a questão :)
E cá estou eu de volta. Não me arrependo de ter ido.
Ao menos tenho mil coisas para contar :) LOL E também sei que para a próxima, mais vale saber mais sobre tudo, para não ter surpresas desagradáveis...
Mil beijinhos,
Biscoitoooooooooooooooooo com xodades
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Só sei que...
É inacreditável como 6 meses passam a correr. A correr mesmo!
Pronto, acho que também era preciso que esta fase de parênteses acabasse para sentir que a vida continua. :-)
E não é que estivesse com vontade de voltar, mas tenho que admitir que já preciso de "voltar à vidinha" para sentir que é real.
Deu para perceber? Ou enfaralhei-me?
Nova grávida, penso em ti todos os dias. Espero que este processo (e o que por aí vem) seja para ti tão gratificante como tem sido para mim. Não estou a falar de nada que implique banda sonora de violinos e lágrima no canto do olho (Bonga, és grande!), mas sim de uma espécie de pôr-do-sol digno de fotografia.
Deu para perceber? Ou enfaralhei-me?
Já agora, tenho saudades vossas e... pronto... gostava de ter notícias...
Ouviste, Biscoita douda?
terça-feira, 24 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Pois que hoje é dia da terrinha.
O que será que faz de nós todos Portugueses? (sim, respondam :) )
Somos um país cheio de problemas, isso é certo e ninguém tem dúvidas. No entanto, a coisa vai-se levando mais ou menos bem. Creio que de uma maneira geral temos todos uma veia um tanto ou quanto sindicalista, barafustamos muito, reclamamos, mas na hora poucos são aqueles que realmente fazem alguma coisa de produtivo.
Olhando para mim, vejo alguém que gosta efectivamente de Portugal. Quero fazer com que isto dê certo, tenho vontade de apostar em Portugal, e ando a ver se tenho alguma ideia realmente boa para mudar não só a minha vida, mas também a dos que me rodeiam (conhecidos e desconhecidos). Hoje neste dia Feriado, gosto de afirmar aqui e agora que SOU MESMO PORTUGUESA a 100%, estou com a terrinha e não abro!
PT PT PT PT!!!!!
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Pozinhos de dormir

domingo, 1 de junho de 2008
La Madonna

Há quatro anos atrás fui, mais a minha mana, ver a rainha da pop. confesso que foi a primeira vez que fui ver um concerto daquela envergadura, e que envergadura!!!!!
adorei e fiquei realmente convencida que havia gasto muito bem os 53 euros que paguei naquela altura.
pois qual é o meu espanto que este ano a rainha vem cá novamente!!!!!!!!
delirei, mandei sms, contei a toda a gente foi a loucura instantanea.

HOJe COMPREI O BILHETE PARA A PRÓXIMA DIGRESSÃO!
não conheço ainda o novo álbum mas brevemente irei averiguar o que se ouve;)
passados 4 anos tanta coisa mudou!!! e agora cá estou eu a partilhar mais esta febre que me está a dar:D
em setembro prometo que cá ponho as fotos dos melhores momentos!!!
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Sair!
Kem mais está?
É pa sair até de manhã. LOOOOOOOOOOL
Beijinhos dos mais fofinhos que há!
Ai, ai! Que o Biscoito está de volta e está completamente maluco outra vez!
Ou até pior!!!!!!!!!!!!
terça-feira, 27 de maio de 2008
grilo camilo e a aventura fantástica
Mas agora, em tom de desabafo, quero que todos saibam que foram e são muito importantes para mim. A experiência na EV foi fantástica a todos os níveis, mas principalmente, porque cresci muito!
Agora, o Camilo, que comprou umas botas novas, vai para Madrid no próximo dia 4! Sem bilhete de volta, sem emprego (ainda!), mas já com casa! Espero encontrar por lá uma Lília para me orientar...
E, como me disse a Dona Rosita, este blog também é meu... tratei-o com pouco cuidado, mas já sabem às vezes sou um pouco distraído e vou-me perdendo. Agora, vai sobrar um tempinho, para vos contar as novidades... e terão de me ler.
Um abraço a todos... gri gri!
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Entonces y...
Andei morto.
Agora já rio. Ainda enjoo e tal... Ainda mais ou menos e depois menos ou mais.
Ainda não rebolo, mas já actuo no Vitória na claque das meninas das danças de Ritmos Mix HipHop :)
E agora é sempre a abrir...
Para quando há um encontro?
Quero-vos!
A todos!
Vou ao Rock in Rio, dia 6.
Quem mais vai?
Mil beijos!
terça-feira, 29 de abril de 2008
Não é a primeira vez que isto acontece...
Contudo, e apesar de passar por aqui quase diariamente, há que reconhecer que nem sempre nos sinto "em contacto" e, nessas alturas, dou por mim a pensar se o blog não estará moribundo. Eu própria vejo-me frequentemente com vontade de dizer qualquer coisa e, sei lá porquê, não me sai nada...
Mas depois -- lá está -- surgem posts como estes... (Espigõum, Biscoito, estava com saudades vossas) e relembro o início e só consigo concluir que o que fez com que nessa altura fizesse todo o sentido continua lá (ou cá?).
E, aí, de facto, volto ao início:
Quem? Nós.
O quê? O que nos apetecer partilhar.
Quando? Sempre que apetecer. Sempre que precisarmos. Sempre que acharmos que alguém precisa.
Onde? Aqui... Ali... Na floresta. No baú dos brinquedos. A caminho de Ferbiju...
Porquê? Porque sim. Porque faz sentido. Porque nunca mais seremos os mesmos que éramos antes de nos cruzarmos."Porque todas as pessoas crescidas já foram crianças. (Mas poucas se lembram disso.)"
domingo, 27 de abril de 2008
Nem sei que título lhe ponha!
Li o que escreveste de uma rajada só.
Sem quase respirar.
Muita coisa não absorvi.
Mas compreendo o que sentiste.
Ficou a tua frase que reescrevi em cima como se fosse um apoio para o meu pensamento.
Eu, neste momento, ainda não estou bem.
Vão ser precisos muitos meses, segundo vozes de profissionais...
Para me RE-definir, para clarificar...
Mas cresci e disso não tenho dúvidas. Cresci, sou adulta.
E não tenho medo! Não tenho preconceitos, não tenho ideias preconcebidas, recuperei a tolerância, a vontade de falar com as pessoas e de as conhecer.
Estou a começar do zero.
E nesta fase da vida é muito complicado.
Talvez o maior medo é de não recuperar rapidamente a minha vida social, que era enorme e fantástica, antigamente.
Força amigo!
Também gosto muito dos Smash Abóboras. LOL
Mil beijinhos
sábado, 26 de abril de 2008
wow...
(...quer dizer, com os amigos as coisas têm de ser faladas doutra forma, pois são amigos e não "público alvo" - não pelo menos no sentido sub-meritório - , e por vezes há o medo das coisas se confundirem.)
Por vezes o receio de 'promover', pode dar origem a falta de comunicação, e eu caio muitas vezes nesse erro.
Portantos... :')
(Obrigado Biscoito, pela última intervenção, pois ajudou-me a decidir querer limpar algum pó das prateleiras :) Espero que esteja tudo bem. :')
ok. Agora cá vai uma estória longa e aborrecida (espero que não, mas..) :
Os Dropnoiz acabaram. Tenho uma nova banda - os Agressiv. E estou a acabar de editar um cd com músicas minhas. Mas não começou aí.
I - "Eu também quero..."
Já fizeram - ou hão-de cerrar-se num destes meses - 10 anos desde que comecei a chafurdar com mãos, pés, e ouvidos no mundo da música. Há quase 10 anos comecei a tocar bateria. Na altura foi uma cassete de 'Bodycount' que me convenceu - Born dead. Gostei das letras, a música parecia simples de executar (que ingénuo que eu era!) e estava numa fase de partilhar coisas e ideias com os poucos colegas; ainda menos amigos. E que ideias! Queríamos todos ser vocalista. Passado uns tempos, depois de algum tempo a matutar naquelas coisas, decidimos que tínhamos algo em comum. Pelo menos 3 de nós. Infelizmente eu era o elo de ligação entre os 3. Infelizmente, porque não iria ser 'pêra doce'.
Juntámo-nos os 3 pela primeira vez na garagem cá de casa - só chapas! -, e ficávamos horas a conversar (porque um dos três não estudava no mesmo liceu), a actualizar gostos musicais, arranjar conflitos, e a empurrar instrumentos; ou seja: quem é que não queria ser vocalista? lol...
Como os outros 2 já tinham experiência em instrumentos - guitarra pelo menos -, acabei por ser designado como o elo mais fraco, e tive que começar por algo mais simples. Iria ser o baixista.
Não tínhamos instrumentos, que não fossem duas guitarras acústicas, uma guitarra eléctrica simples e um amplificador de 15/30 watts. Nem microfones tínhamos. Eu ensaiava 'baixo' numa guitarra acústica, fazendo força nas cordas graves para que se ouvisse alguma coisa.
Lá o Alex acabou por ser o derradeiro eleito como vocalista, e era o mais experiente músico (hoje tem mais que 5 projectos musicais, e pelo menos 2 deles dão que falar no underground).
II - "Já viste que horas são? Tem juízo!"
Juntávamo-nos uma vez por semana, aos sábados de manhã - 9 horas. Para estar cá a essa hora o vocalista tinha que se levantar às 6:30. Eu tinha de ir arrastar o outro marmanjo ao prédio que fica a 50 metros de minha casa à própria cama. Não passou muito tempo até que começássemos a recear pela dedicação de quem não se levantava por vontade própria.
Em 99 foi anunciado um concurso de banda desenhada em Matosinhos e os meus professores e colegas incentivavam-me a participar. Penso que foi nessa altura que decidi que uma vez que faltava bateria e baterista na banda, eu trataria de remediar isso. Juntamente com o Alex pensei com seriedade nesta possibilidade, e apesar de algumas confusões, um dos prémios acabou mesmo por me calhar a mim. Como era em dinheiro, aí estava o que era preciso para começar a fazer a minha parte(a sério) na banda. Mas o prémio não foi um dos primeiros, portanto apenas deu para comprar uma bateria fraquinha, em que alguns acessórios foram regateados em favor de outros, pois o vocalista tinha algum material de percussão em casa.
Começámos então a acordar os vizinhos aos sábados de manhã. Até cheguei a ouvir coisas como "Epá, Filipe, eu até gosto disso (e aponta-me para uma cassete de Smashing Pumpkins no carro), mas é um bocado cedo... não achas que podiam fazer isso só mais tarde?" Eu já desconfiava que fossem sintomas de quem se deita tarde. Hoje seria impensável imaginar um ensaio matinal. lol
Fazia a maior parte das letras, porque o vocalista sentia-se familiarizado com o que eu escrevia (em inglês), e ainda chegámos a compor uma música, já com duas guitarras, um baixista e alguns amplificadores fraquinhos. Como o Alex tinha alguma formação em percussão, foi daí que aprendi a dar os primeiros toques na bateria. Passado 2 meses já ameaçava vir a evoluir ao ponto de o rivalizar; mas só depois de vários ensaios em que me deixavam meias horas a praticar exercícios sozinho.
Tínhamos de escolher um nome e foi aí que comecei a interiorizar a importância que isso tinha. Eu podia gostar de uma coisa, mas os outros não. E vice versa. Ponderámos vários nomes, desde Tarmak, Catsize(Capsize/catseyes), a Overflow, e Warbreed. Tocávamos rock básicamente inspirado no que era a "onda" na altura - Nu metal. Éramos novos, e os clichés soavam-nos bem, por isso por uns tempos fomos os Nu-noiz.
A primeira música que fizemos chamava-se "Scared to death" (letra minha), e nas palavras de um amigo na altura, parecíamos "três gajos a fazer barulho, e um como se estivesse na casa-de-banho a gritar". Ainda há gente que pense assim das bandas que a gente ouve, portanto hoje nem me parece um grande insulto.
Penso que nessa altura já só éramos 3, mesmo. O guitarrista vizinho com problemas em se levantar da cama havia sido posto de parte - tarefa árdua para mim, que tive que decidir - devido a 'divergências musicais' e falta de dedicação.
Entretanto começámos a nossa dura busca por um guitarrista, uma vez que o compositor principal queria apenas cantar, apesar de saber exactamente o que queria que tocassem na guitarra. Eu limitava-me a estar ao nível do que quer que ele tocasse. Mas quando tocava não cantava, e quando cantava não tocava. O baixista impacientava-se, e as nossas 'sessões terapêuticas' matinais de sábado de manhã - em vez de ensaios - recomeçavam.
Dois amigos da altura, um novo colega brasileiro, e outro já nosso conhecido do liceu, que de certa forma gostava do que estávamos a construir, assistiram a alguns ensaios (do pouco que se ensaiava), e começaram a ter interesse em ajudar, querendo aprender as coisas que o vocalista fazia na guitarra. Um deles - o Ben, do liceu - tinha uma guitarra e amplificador, e durante uns tempos foi o nosso guitarrista aprendiz.
Para somar mais uma infelicidade, por motivos pessoais o Ben teve que se ausentar da banda e acabou por ter que vender o seu material.
Por uns tempos ficámos desapontados, quer pelos imprevistos, quer por não sairmos da cepa torta.
Entretanto o Daniel - o nosso baixista - recebia uma proposta de ir tocar com uma banda de Espinho/Gaia, também amadora, mas já mais evoluída.
Acabámos por passar um mau bocado, o vocalista e eu. Ainda teimávamos em nos juntar mas já só era para falar mais que para outra coisa.
III - "Afinal é assim? ...eu não sei se gosto do que tu gostas..."
Pensámos em desistir, mas quase que era absurdo falar nisso, porque para isso teríamos de ter existido em primeiro lugar, e nem tínhamos nome, nem músicos, nem motivação. Tínhamos, já, 2 ou 3 músicas; numa boa fase - com músicos, e inclusive a ajuda de um primo meu violinista - havíamos composto uma 'a arrojar para o madura' "I'll love again" (com letra do Alex).
Mas agora não haviam outros músicos.
Passaram uns meses e ele não tinha parado de falar no nosso projecto a colegas (já) da faculdade.
Houveram alguns interessados. Ao todo, hoje, conto que passaram pela nossa banda (e constantes mutações) mais de 10 guitarristas. Muitos sabiam tocar bastante bem para a idade.
Com um Pikus, tivemos uma boa experiência. Ele, aos nossos olhos, era um virtuoso das 6 cordas e com ele compusemos algumas músicas. Penso que os primeiros passos para a "Dramatize", "Monkey" e "Dead child" surgiram nessa fase. Ainda tenho uma vaga ideia de uma música que nunca foi gravada, nem em cassete sequer, e na altura que estávamos a testá-la soou-me mesmo muito bem. Muitas vezes ainda tento repetir o ritmo de bateria que fazia nesse meu 'mito' a ver se consigo repescar o que quer que me soava bem.
Uma das coisas mais interessantes nessa fase, para além de termos incorporado um novo e invulgar elemento - uma segunda vocalista -, foi que eu e o guitarrista ambos gostávamos bastante de Marilyn Manson e Smashing Pumpkins, e em muitos ensaios brincávamos com a "Bodies" dos Smashing, ao que o Lex não olhava com bons olhos. Ele estava a simpatizar mais com material da pesada, e já se começavam a despontar alguns contrastes entre nós os dois. Mas o mais importante para mim era o grupo. (Com o Pikus ainda fizemos uma brincadeira que nos proporcionou um dos ensaios mais bem dispostos que me lembro; inventámos uma 'paródia' à retaliação americana pós 11 de Setembro intitulada "Fight the americans(Allah!)".)
Portanto, quando o Pikus abandonou a banda e conseguimos logo dois(!) elementos novos - baixista e guitarrista - o som modificou-se ligeiramente, e a nossa noção do que era uma banda também.
Convencê-los a ficar na banda foi um episódio engraçado.
Nós dois estávamos à espera deles, quando eles aparecem e nós depois da conversa de apresentações amigável, lhes mostrámos as músicas que tínhamos. (Nem me lembro como o fizemos, porque normalmente o Alex não tocava guitarra e cantava ao mesmo tempo... essa resposta ficou perdida no tempo.) Eles não ficaram impressionados com as nossas músicas.
Curiosamente, foi quando eles deram meia volta e subiram 150 metros para ir tomar café, que, nós os dois - que tínhamos ficado para trás para matar saudades de uma coisa que tínhamos começado a compor no ensaio anterior - os surpreendemos. Desceram e perguntaram "O que é isso? Essa cena soava fixe". Chamava-se "Spine crush", e como o nome sugeria, era uma das mais agressivas que tínhamos feito até então. Ficaram convencidos, e mudámos o local de ensaios para a casa de um deles - em Valadares.
IV - "Valadares, here we come"
Para já a Mariana apenas cantava numa música ("Dead child"), e soava bastante bem, mas com o tempo começou a ter uma importância maior. Era já a faceta de compositor do Alex a evoluir. Eu já havia aprendido bastante com ele - desde fazer escalas numa guitarra, quando tentava ser baixista numa acústica, até ritmos e breaks de bateria -, e ali estava eu a aprender mais umas coisas, ao mesmo tempo que ele as experimentava. Primeiro cantava ele, em voz melódica, depois ela no mesmo registo, depois ela em voz "grunha" - assim lhe chamavam o Telhas(novo guitarrista), e o Cagu(novo baixista, e filho dos donos da casa onde ficava o nosso novo local de ensaios), ambos de Valadares. E os vocalistas lá continuavam num passar de testemunho com a voz até aquilo se tornar numa dança confusa mas com algo para 'desenliar'. E isso era novo.
O Telhas era um guitarrista melhor que o Pikus, e isso sempre nos motivava; ter alguém melhor. O novo baixista era um músico tão dedicado como qualquer outro, e como todos nos esforçávamos ao mesmo nível, esta acabara por ser mesmo a primeira experiência do que era estar numa banda a sério.
O vocalista e compositor sempre quis criar material novo e renunciar 'covers' (como o "Wiked game", que tínhamos sido obrigados a ensaiar anos antes, para aprender a tocar juntos) e com esta motivação, juntaram-se às músicas que já tínhamos, e que ganharam outro fôlego, mais umas 5 ou 6 músicas novas, todas originais - a dita "Spine crush" e a "Nightmare", entre outras. Por esta altura o principal compositor já começava a misturar letras dele com algumas coisas escritas pelos outros elementos. Desde que comecei a ganhar confiança na bateria que assumia total responsabilidade pelo que criava no meu instrumento - pelo menos aí também eu era compositor - e por vezes o Alex não concordava com algumas ideias, mas encontrávamos sempre um meio termo. O pedal duplo é que sempre foi um problema, entre nós.
Tínhamos músicas, tínhamos músicos, até um nome(difícil de decidir) - Screwed up Fairytale -, logotipo, e até alguns elogios, principalmente aos "grunhos" dos 2 vocalistas e às guitarradas.
Por esta altura, o Ben já havia estabilizado um pouco a sua disponibilidade e aparecia nos ensaios para nos mostrar o seu apoio, tal como no início da nossa aventura. Foi muito importante sentir aquele elo de ligação com o início de tudo.
Até 'bandas vizinhas' tínhamos. Só nos faltava uma coisa: dar o primeiro concerto. E démos.
V - "%#&€*£!!!!.. Tenho medo!"
Foi em Maio de 2002, se não estou errado. Lembro-me que meses antes até havia incorporado um espectáculo que aconteceu na faculdade - Festa da Lusofonia - para enfrentar o meu receio de subir a um palco. Resultou, portanto não havia motivos para o concerto não correr bem. Ou havia?
lol... Aprendemos da pior maneira a "nunca ensaiar no próprio dia do concerto". Havíamos ensaiado todos os fins-de-semana (que era quando eu podia vir da faculdade), aos sábados e domingos. Por vezes arrastávamo-nos uns aos outros para um bar, e no domingo seguinte estávamos comprometidos a comparecer, mesmo que ressacados, no local de ensaio. (Muitas secas à espera que todos chegassem, enquanto o Cagu nos ia deixando o mais à vontade que dava...)
Por termos ensaiado no próprio dia do concerto, de tão tensos que estávamos, acabámos por assistir à tragédia de eu ter rebentado uma das peles da bateria - a do bombo. E precisávamos de levar a bateria para o local do concerto (o Orfeão de Valadares). Ficámos passados. O nosso primeiro concerto.. e acontecia-nos aquilo. Se já estávamos ansiosos, então aí é que ficámos acelerados.
Uma das divisões da casa do baixista parecia um cemitério de instrumentos e acessórios - tal era o número de bandas que já tinham passado por lá. (Isso fazia-nos - a mim e ao Alex - sentir inferiores em comparação, como músicos, mas sabíamos que sendo nós a 'mais recente escolha', e mais um passo em frente na 'carreira' do baixista, só podia ser bom sinal.) E lá conseguimos encontrar umas peles, e experimentar, mas todos os bombos tinham dimensões diferentes, e acabámos por colar a pele do meu bombo com fita cola e colocá-la de novo no sítio.
Fomos horas antes para o sítio marcado, e íamos tocar com mais 3 bandas. Pelos elogios que nos eram feitos nos ensaios, prometiam-nos que seríamos a penúltima banda a tocar, seguidos da banda do momento lá na terra, os Line Out. O tempo voou, e a nossa ansiedade fazia-nos ser imprevisíveis. Uns desapareciam, outros estavam inquietos atrás de toda a gente a querer saber pormenores do que iria acontecer... eu estava com um abismo no estômago. Hoje dizem-me que podia ter sido, tipo, uma úlcera nervosa a despontar. Lembro-me que por mais que comesse, os ácidos não paravam de me fazer sentir perfurado através do estômago. Muito mau. E faltavam 15 minutos para o concerto. 5 minutos. Era a nossa vez.
Subimos ao palco. Éramos a segunda banda e não a terceira banda a tocar - a seguir a uma banda fraquinha de rock, e antes de uma banda de covers com uma má/mau (não me lembro) vocalista. Eu ia tocar com a bateria dos Line Out - os 'cabeça de cartaz'; a minha estava em cacos.
Nos 'camarins' havíamos gasto todas as maluquices visuais que nos ocorriam na mente, e entrámos em palco a chocar o público, com as cortinas a abrir e nós já em palco, pintados, remendados, feios, esquisitos, com vendas e ligaduras, vermelhos, pretos, com saias, ou calções, o que fosse e sem vergonha. Fomos uma banda, e demos o melhor concerto que podíamos.
Só no último concerto dessa noite - dos ditos Line Out - voltámos a ouvir os mesmos aplausos que vieram para nós, uma hora e pouco antes.
Tornámo-nos numa banda que tinha chamado à atenção das pessoas que estiveram no concerto nessa noite. Entre elas estava o Ben, o 'Buda', que era seu amigo (e que seria o primeiro fã de Dropnoiz), a minha irmã, uma amiga dela, e um primo nosso (o que anos antes tinha tocado violino numa música nossa, e anos depois me pediria para fazer a capa do CD do seu 'grupo de fados').
O pessoal de Valadares ficou a saber o nome da nossa banda, e sentimos que podíamos trabalhar tudo isso, evoluir e tentar ser uma boa banda portuguesa dentro do género.
Isso se não fossem os vizinhos do nosso baixista.
VI - "Outra vez???..."
À terceira intervenção/interrupção de um ensaio por uma vizinha que morava num prédio a mais de 500 metros de distância, dessa última acompanhada de um documento da câmara, e de um 'guarda-costas', a mãe do Cagu proibiu-nos de voltar a ensaiar lá em casa.
Tínhamos acabado de subir, e de repente arrancavam-nos as asas.
Podíamos ter seguido por várias hipóteses, mas nenhuma parecia ajustar-se às nossas delicadas medidas: eu estava a estudar longe e não poderia passar todos os fins de semana em casa, quanto mais uma vez (adicional) a meio da semana, daí que não falavam sequer na hipótese de voltarmos para a 'minha' garagem. Havia a hipótese de alugarmos um espaço, mas dependendo dos pais, que não apoiavam a nossa alucinação; portanto era uma opção improvável. Tudo ficou muito turvo. Para piorar, enterrámo-nos num silêncio mútuo, que me fez pensar nas coisas negativas, como o ter de tocar pedal duplo na bateria e não me sentir estimulado para o desenvolver - pois envolvia o esforço de pelo menos 2/4 horas de prática semanal, sozinho, e a frustração de estar a estudar longe, não poder tocar bateria e não poder dedicar mais tempo aos ensaios, que nessa fase já nem existiam. Eventualmente acabei por falar-lhes em ceder o meu lugar de baterista a outro, para não 'cortar as pernas' aos outros elementos da banda, mas a reacção foi ainda mais indecisa. Comentou-se que efectivamente isso podia funcionar, mas que a (já mencionável) química entre os elementos não seria fácil de reproduzir, e que não havia local nem dinheiro para alugar um sítio. E voltámos a ficar em silêncio.
Esse silêncio deu origem a uma silenciosa separação.
Durante quase um ano não perdi o contacto com o Alex, e por consequência com os outros, mas não falávamos em tocar, nem em voltar a fazer música. Pelo menos concretamente, não.
VII - "E se eu..."
Durante esse ano, acabei por ficar dedicado a passar tempo na Covilhã, e levei para essa casa uma biola antiga do meu pai - 'restaurada' por um antigo colega e vizinho. Acabei por me recordar de novo das escalas que fazia, e comecei a 'inventar' acordes. Com o tempo fui inventando músicas de 2 acordes, e quando tinha oportunidade azucrinava a paciência dos meus colegas de curso com as minhas incessantes sessões de 'monólogos jazzístico-isolados'(sem cantar, note-se) agarrado a qualquer guitarra acústica que encontrasse, enquanto eles tentavam conviver fosse no jantar que fosse, em casa de fosse quem fosse. Toda a gente tocava/tinha tocado numa banda. Toda a gente havia levado uma guitarra consigo. Eu apenas pegava nelas e dava-lhes uso.
Habituaram-se a aturar-me como quem atura os vagabundos da rua de Sta. Catarina. E eu ficava-lhes grato por não me insultarem. Ouviram as minhas estórias e ambições com atenção quando a banda ainda existia, e agora eu simplesmente usava a música que tinha interiorizado dentro de mim em quase tudo. Foi uma fase de redescoberta.
Depois dos jantares de curso, em tascos, ou restaurantes, em que todos saíam a cantar, eu desafiava colegas que se lembravam de arriscar levar uma guitarra para a rua, a tocarem músicas de Nirvana, ou System of a Down, ou até Rolling Stones lá no meio da rua, e ficávamos a berrar os refrões até não ter mais vergonha na cara. Aí seguíamos atrás dos outros estudantes. Quando dei por mim, reparara que não era o único que sabia cantar, ou tocar um instrumento, e ali estavam muitos, que abandonaram a sua música, e iriam partir para um emprego, e que eu tinha seguido todo aquele percurso só para chegar ao mesmo ponto que eles. E era verdade. Percebi isso.
Mas não tinha de fazer igual.
Aproveitei que tinha a guitarra, e vontade de dizer coisas, para criar umas músicas. Continuava a escrever letras, e talvez um dia tenha mostrado alguma a uma colega minha... lembro-me de ela me ter desafiado a escrever em português, por bons argumentos. Tinham existido os Censurados, e haviam ainda, na altura, os Ornatos Violeta. Senti que não seria má ideia de todo. Comecei por criar algumas canções em português. Ainda hoje não sei como os meus colegas dos quartos ao lado do meu não me partiam a cara, tal era figurinha (o barulho) que eu fazia quando tocava guitarra e "cantava", sozinho. Devo ter feito umas 15 músicas assim, e mais letras ainda, e isso reforçava a minha necessidade de fazer alguma coisa sozinho. Cheguei até a dar um concerto num evento que era uma 'feira do emprego' lá da faculdade, em que 2 pessoas foram comigo, ficaram a ouvir-me e me deram conselhos no fim. Ainda me lembro que uma rapariga, que conhecia de um curso paralelo ao meu, simpática que lá estava numa das bancas, ouviu e elogiou-me no fim. Penso que foi uma recompensa pela minha coragem.
Com o passar do tempo, sentia cada vez mais a necessidade de me aproximar dos tempos e da sensação de quando fazia música com a banda, e quando dei por isso estava a fazer música mais agressiva também na guitarra acústica, e a escrever letras mais incisivas e pontiagudas. Tudo muito filosófico; tudo muito autodidata.
Queria uma identificação que não me comprometesse, pois hoje podia cantar em português, amanhã e inglês. Decidi que seria um número, pensei no termo industrial - o que levou o meu raciocínio até à revolução industrial - e em Manson, e decidi: 1769.
Nunca gostei muito de Mão morta (pelo A.L.C.), contudo o primeiro elogio tipo crítica musical que recebi foi que "soa(va) a mão morta". Fiquei corado, porque no fim de contas reconhecia-lhes valor, e a comparação significava muito.
Entretanto, soube que o Alex também fazia coisas, como continuar os estudos, compor para ele e andar em aulas de guitarra. Ao fim de um ano, saídas de amigos, e idas a festivais de música, durante o qual reforçámos a amizade com o Benjamim, voltámos a falar em fazer alguma coisa. Mas isso só aconteceria quando eu estava prestes a acabar o curso (2004). Entretanto, ele ia ouvindo algumas das minhas coisas, mas sempre me pareceu que ele preferia ser reservado no que dizia. No entanto, em alguns momentos motivou-me o suficiente para eu ter confiança no que estava a fazer.
Também nesse período experimentei uma coisa diferente.
Com um amigo da faculdade produzi uma curta, realizada por esse último, e decidi fazer a banda sonora. A bateria foi carregada para a Covilhã (pelo Afonso ;-) e o tal realizador levou para sua casa uma (imagine-se, até ele!) guitarra electro-acústica. Fiquei burro. E apaixonado; som lindo. Era uma Aria, e nunca mais ouviria o som de uma guitarra acústica normal sem pensar no som daquela, e das suas 6 cordas de aço.
E assim comecei a planear sons, e ideias e letras e tudo isso, juntamente com a opinião dos músicos de última hora que queriam fazer parte daquela 'coisa' que era fazer o filme.
Experimentei ser eu a compor, e o Alex a intrepertar, desta vez. Ao que ele consentiu participar na experiência, e apesar de tudo, até foi algo engraçado. Hoje faria tudo diferente, mas na altura foi a nossa colaboração a partir de ideias minhas para dar som a uma tragi-comédia.
VIII - "Bora dar um último suspiro?"
Com o tempo, e chegado o final do meu curso, ressuscitámos a 'fera', e chamámos-lhe Dead machine rising. Com o Benjamim como baixista, e nós nos cargos de guitarrista/vocalista e baterista, voltámos a ensaiar, desta vez com uma forma mais séria de ver as coisas, imaginando a inevitabilidade de, face a um emprego, a música não passar de uma actividade paralela, e conscientes (agora) da dificuldade de construir uma música de Body count.
O Benjamim já havia tido a experiência connosco no início, e não se privara de nos ensaios que tinha assistido, brincar de vez em quando com os instrumentos. A par disso, ele também tinha a sua guitarra acústica (Damn! Everyone does...), e não foi difícil ele pegar o jeito do baixo. Foi bem mais séria a decisão de o comprar. Feito isso compusemos algumas músicas. Ao todo apenas 2 delas foram realmente composições assumidas.
O recomeçar do zero, já nessa altura, era algo que começava a fazer perfeito sentido. Era o romper com tudo de errado que tinha acontecido antes. Mudar e evoluir - seguir em frente. Infelizmente, o espírito crítico e a ambição do vocalista/guitarrista tinham crescido demasiado desde 'Valadares', e nenhum segundo guitarrista sobreviveu tempo suficiente, ao que se voltava a juntar o incontornável problema do pedal duplo(na bateria), num estilo que se revelava cada vez mais violento.
Tínhamos seguido por caminhos diferentes e só passado uns meses admitimos isso, já o Alex estava a tocar guitarra numa outra banda, e o Ben decepcionado com a nossa falta de dedicação ao trio. Recompus-me e tentei manter pelo menos a nossa amizade, entre os 3, mas algo tinha corrido mal e tudo o que pude fazer foi acompanhar o percurso do compositor que cresceu comigo de longe, e tentar manter o outro meu amigo por perto, já que nenhum de nós os dois tinha outra actividade musical a que se agarrar, e agarrámo-nos a algumas cervejas em que falávamos do percurso, do desperdício, e dos sonhos.
O percurso do Alex ainda não se tinha isolado completamente do meu, e, depois de ter saído de uma banda de 'putos' em que tocava bateria para um primo da sua 'ex', falou-me da possibilidade de eu ir tocar bateria a sério para eles. Mas eram 'putos', e fazer viagens de 4 horas num domingo, para tocar uma ou duas, não compensava nada (o local de ensaios tinha sido mudado para Vila do Conde se não estou em erro). Para não falar na seriedade.
Entretanto também numa saída com colegas metaleiros do Porto, tinha cedido ao convite de uns músicos que tinham uma banda em comum e precisavam de baterista, em Ermesinde. Não durou muito (e foi até antes da experiência com os 'putos'... e mais infantil). A falta de seriedade da parte deles, fez-me nunca mais querer saber do que lhes aconteceu, até hoje.
IX - "...o que é que foi agora?...Ah, vá lá!"
Por coincidência, passados tantos anos, conheci alguém que conhecia em primeira pessoa o (grande) baterista dos Genocide, que por coincidência, tinha sido professor do meu 'professor' no conservatório. Há anos que gostaria de ter aulas com ele, pelo que ouvia de bom sobre a sua técnica na bateria. Acabei por chegar mesmo a falar com ele e disse-me que apesar de já não dar aulas, abriria uma excepção por lhe dar algum jeito na altura.
Sinto-me orgulhoso, hoje, pelos seis meses em que aprendi bateria com ele. Infelizmente nunca consegui acompanhar o ritmo da aprendizagem teórica com a prática, e isso fez com que começasse a ser inútil perder o meu tempo e fazê-lo perder o dele.
Mas por essa altura, um colega meu do secundário, ao ver-me de volta à terra, e sabendo que eu tocava bateria, perguntou-me se eu não estaria interessado em dar uns toques com a banda em que ele estava, pois o vocalista dessa mesma estava a tocar bateria e a cantar ao mesmo tempo, e precisavam de corrigir isso.
Foi no fim de uma das últimas aulas de bateria que recebi o telefonema a dizer "vamos fazer um ensaio/audição hoje". Saí do comboio em Paramos, e foi assim que nasceram os Dropnoiz.
Demo-nos logo bem à primeira. Eu já conhecia o estilo do Enri na guitarra - o amigo que tinha feito o convite em primeiro lugar -, de uns toques que dava com o Daniel (já depois da sua banda de Espinho/Gaia ter terminado) e os amigos que apareciam, em jeito de ensaio na brincadeira.
Já começava a sentir uma admiração crescente pela força original do Rock em lugar do descontrolo de muitas motivações do metal, e a química rock que era libertada nos ensaios dos Dropnoiz eram exactamente o que eu queria na altura.
Tudo correu perfeitamente bem. Desde nos darmos bem como colegas, mais tarde amigos, até ao facto de criarmos uma música nova por mês. Ao fim de quase um ano estávamos a dar concertos, e todos correram bem. Os comentários começavam a ser ouvidos. Éramos uma banda de interesse na zona e as coisas estavam no bom caminho. Mas a química começava a sofrer alguns golpes por divergência de decisões. Uns até eram capazes de tocar na rua, outros apontavam que só com material de amplificação de topo é que dávamos o 'próximo passo'. Estivemos assim durante mais uns tempos.
A par disso, o Finghers - o tal vocalista que tocava bateria para desenrascar - tinha outra banda; uma banda mais na onda metal/gótico, e eu depois de ouvir umas músicas dessa banda em cassete acabei por achar interessante ajudá-lo nessa banda, até porque eu também simpatizava com o som, na onda de Moonspell, entre outros nomes.
Chamavam-se Wolvengard, e como também precisavam de baixista, foi a desculpa ideal para eu meter o Benjamim ao barulho, outra vez. Chamei-o e a reacção foi boa, logo no primeiro ensaio. Um dos elementos era de Lisboa, e isso trazia alguma instabilidade à ideia de um avanço rápido deste projecto que já tinha mais de 3 anos. No entanto todos os 5 elementos - somando com o teclista e principal orientador da banda - continuávamos a ensaiar, uma vez por mês, e a compor novas músicas.
Quando se ouviu que uma nova banda da zona - os Dropnoiz - iam dar o seu primeiro concerto, alguns colegas começaram a falar, e, como o mundo é pequeno, quem dentro dos Wolvengard não sabia da existência dos Dropnoiz - que o Finghers tinha criado às escondidas, por receio de haver problemas por estar a usar material comum às duas bandas - acabou por saber da existência da banda da pior maneira: assistindo ao seu primeiro concerto.
Isso naturalmente fez com que o teclista e principal motivador dos Wolvengard se sentisse mal, e isso levou a que abandonasse a banda, ficando o barco à deriva, sem um capitão. Os marujos acabaram por tomar conta do barco em conjunto, alterando coisas, como a identificação, que viria a ser [VIII.II.D] - hatred - e passava a ter uma sonoridade mais dispersa e dinâmica, mas, mesmo assim, sem o mesmo propósito de antes, já que o bom ambiente tinha sido corrompido por aquela falha.
X - "Ups... desta eu não estava à espera."
Passados os concertos dos Dropnoiz e chegada a fase de hesitação, algumas outras coisas aconteceram, como o prémio dos americanos ao videoclip, e a pressão de eu querer aproveitar a onda de popularidade de um para mostrar o que 4 conseguiam fazer.
Tirando a emissão da "Black Stone" na Antena3, nada mais de bom uma coisa fez pela outra.
Foi algo diferente para mim, e no fundo, já parecíamos estranhos. Metade forçava-se a tentar gravar algo à pressa para aproveitar a onda, enquanto outra metade apenas queria continuar a levar as coisas na boa e de forma natural. Por vezes é preciso empurrar um pouco, mas aquela fase foi um exagero. Demos um último concerto no Improviso, um bar que nos acolhia com um bom ambiente, e passado uns ensaios não resistimos à tensão, começando o castelo de cartas a desmoronar, um por um.
O curioso é que o Ben assistiu a esse mesmo ensaio.
Por vezes estar numa banda pode significar guardar muito lá dentro por um bem maior, e quando tudo sai de uma vez as coisas acontecem.
A banda acabava.
Com todo o frenesim Dropnoiz/exposição mediática/Antena3/Sonny bmg/Incubus, os [VIII.III.D] tinham ficado para trás, e com isso a dedicação do Ben - que não cessava de se oferecer para ensaios à semana, nem que só com 3 elementos - ficava abandonada por terra. Talvez o Finghers partilhasse da mesma opinião que eu, que "os Drop primeiro!", mas quando os Dropnoiz acabaram, e o Ben se afastou, ficámos de rastos.
Falámos com o 'lisboeta' a avisar que era melhor fazermos uma pausa na (outra) banda, e retirámo-nos a um certo silêncio.
Quando os DMR(Dead machine rising) tinham acabado, 2 anos antes, eu tinha comprado um computador novo, e com os instrumentos na garagem usava o computador para gravar umas ideias minhas, faixa a faixa. Foram as primeiras demos que fiz para o meu projecto a solo, e quando enviei a primeira música para o Alex, por mail, a reacção não podia ser mais motivadora.
A par disso, ele ia fazendo as suas coisas a solo - Ishkur -, também. E isso foi interessante, ver um projecto a multiplicar-se em 2 (hoje mais do que dois).
Estas minhas músicas 'demo' já levavam o nome 1769, e entre elas estava "Automártir", e "Ser animal", duas músicas com voz, bateria, guitarra, e (suposto) baixo; uma espécie de punk rock barulhento, com uma voz a roçar o gutural nos melhores momentos.
E quando os Dropnoiz acabaram, foi para aí que eu me virei novamente. Como que a desafiar-me e a desafiar as dúvidas que caíam sobre a minha determinação (quase como se dependesse dos outros e sem eles parava de fazer música), e provei que tinha já algum material - nove novas músicas - composto desde Maio do ano passado e que o iria gravar como deveria ser. Obviamente todos me animaram e disseram que era uma boa coisa a acontecer, e deram força para ir em frente. Mas na verdade o que eu também queria era vê-los ir em frente também.
Felizmente, isso aconteceu.
XI - ...And so it "begins".
Entretanto havia restabelecido o contacto com o Ben, e ele acompanhou-me nas gravações de 1769. Passados uns meses o Finghers desabafou comigo que queria voltar a fazer música, e concordámos que era algo muito raro o que tínhamos tido com os Dropnoiz, e que seria difícil recuperar isso, quanto mais superar. Mas também partilhava da opinião de que fazia falta fazer música em grupo e sentir de novo essa química.
Parte dessa química vinha da forma selvagem como o Enri se enleava, perdia e decifrava a guitarra, e sem isso muito do resto não fazia sentido. Também não fazia sentido eu imaginar todos os dias que o Ben dava um baixista extraordinariamente motivador numa banda e deixá-lo num projecto secundário. O Finghers para além de um muito bom guitarrista, tinha a voz que queríamos ouvir, e eu queria aquela química a funcionar de novo. Portanto as peças estavam lá, era só juntá-las.
Infelizmente há sempre algo que fica para trás. Mas o importante não está no que não se faz, mas sim no que se leva em frente.
No início chamámo-nos Basik (um nome provisório atirado pelo Enri). A primeira música foi uma "Official honest note", em que afirmamos que não queremos saber de nada a não ser divertirmo-nos com isto enquanto der, e para já temos dado concertos que não tem deixado ninguém indiferente.
Chamamo-nos Agressiv, e...
Para já, "We are all".
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Many thanks (como nas palavras de um amigo)
Pronto, agora é capaz de ser mais fácil perceber a lógica dos meus 'projectos paralelos', e 'cd a solo', por exemplo. :')
Por vezes os amigos perguntam mais por simpatia, e a sensação de partilhar é uma boa sensação, mas como é algo complicado, nunca sabia bem por onde começar.
Agora estou mais descansado :')
Obrigado por lerem. :') E pela amizade.
segunda-feira, 31 de março de 2008
Que foi feito de mim?
Escondeu-se no fundo de uma caverna escura e fria.
Esteve sozinho durante meses.
Chorou, tremeu, quase morreu...
Assim foi, porque o quis!
Mas a Primavera chegou!
E com ela a família, os amigos, os colegas, as pessoas, o mundo.
O Biscoito chorou, berrou, gritou.
Depois abraçou, recebeu, deu.
Agora sorri, anda e sente-se vivo.
Espera vir a rir, saltar e rebolar.
O Biscoito cresceu!